Cupins agora são baratas! Descubra como isso aconteceu

Cupins agora estão classificados sob a ordem das baratas

Os cupins sempre pertenceram à ordem Isoptera, mas em fevereiro de 2018 a Sociedade Americana de Entomologia removeu esse título e colocou os cupins sob a ordem Blattodea, a mesma das baratas! Por isso que agora os cupins são considerados como baratas.

Por incrível que pareça, isso já havia sido decidido há cerca de 10 anos, mas só agora foi divulgado por conta da atualização do banco de dados da Sociedade de Entomologia. Então, agora é oficial: cupins também são baratas!

Como resultado dessa mudança, a base de banco de dados da Sociedade de Entomologia mudou, veja mais clicando aqui.

Os cupins, na verdade, são baratas sociais, já que vivem em colônias altamente organizadas.

Os temidos cupins subterrâneos (Coptotermes gestroi), por exemplo, desenvolvem colônias que podem atingir mais de 3 milhões de indivíduos. O cupinzeiro dessa espécie possui apenas um rei e uma rainha. Cada um tem um papel muito bem definido, fazendo com que a colônia funcione e prospere.

Cupins são cupins, e pronto!

Estudos moleculares comprovaram uma teoria há muito discutida, a de que cupins seria de fato baratas sociais.

Mas, os estudos apenas indicam que tanto cupins e baratas se originaram de um ancestral em comum. Não quer dizer que automaticamente cupins se “transformaram em baratas”.

As baratas continuam sendo um vetor de doenças, transmitidas através de contato e contaminação da água e alimentos. Já os cupins, continuam sendo insetos com alto poder destrutivo quando o assunto é celulose (principalmente madeira!). E não são vetores de doenças!

Ou seja, embora os cupins agora estejam classificados no grupo das baratas, possuem características distintas que os distanciam de suas “primas”.

Por sua vez, também existem semelhanças entre os dois, já que descendem do mesmo ancestral. Para início de conversa, ambos já faziam parte do grupo Dictyoptera, juntamente com o louva-deus.

Outro ponto em comum é que algumas baratas conseguem digerir madeira, à exemplo dos cupins. As do gênero Cryptocercus costumam viver em árvores e possuem em seu intestino micróbios que ajudam na digestão da madeira da casca da árvore.

Já do lado dos cupins, existe uma linhagem que deposita ovos em ootecas, como as baratas. O que muda, de fato, é a noção que a comunidade científica tinha sobre a evolução dos cupins, que agora perderam sua ordem própria e viraram “parentes” das baratas.

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