A Evolução do Aedes aegypti: Quando o Mosquito Traz Nomes Além da Dengue
Se as iniciativas para conter o famoso Aedes aegypti não acompanharam seu ritmo de adaptação, isso se tornou um problema de todos.
Em 2015, o mosquito disseminou no Brasil doenças cujos nomes soam ainda mais estranhos do que “dengue”: agora, quem sofre suas picadas acaba se deparando com termos como “chikungunya” e “zika”. De fato, até procurar atendimento médico de urgência, muitas pessoas não sabem ao certo qual enfermidade o inseto pode ter transmitido.
Apesar de já existir uma tendência de queda nas estatísticas, estimativas indicam que mais de 850 mil casos dessas doenças foram registrados em todo o país até maio de 2015. Ainda assim, inúmeros episódios permanecem subnotificados, ficando de fora dos relatórios oficiais do governo.
Fonte: Números do Governo – 2015.

Conheça o Aedes aegypti
O Aedes aegypti é um mosquito originário da África que se adaptou ao ambiente urbano em diversos continentes, incluindo a América do Sul. Ele se destaca pela capacidade de transmitir doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, todas de impacto significativo na saúde pública brasileira. Em geral, o mosquito se desenvolve em locais com água parada, como pratos de vasos de plantas, caixas d’água destampadas, pneus e qualquer outro recipiente que acumule líquidos.
Um ponto crucial é o seu ciclo de vida curto e altamente adaptável: do ovo à fase adulta, podem transcorrer apenas alguns dias em condições ideais de calor e umidade. Esse período acelerado favorece a proliferação do inseto, sobretudo em áreas onde falta saneamento ou há descuido no descarte de materiais. Para contê-lo, é essencial eliminar possíveis criadouros e adotar medidas preventivas, como o uso de repelentes e a instalação de telas em janelas e portas.
Ainda que pequeno, o Aedes aegypti exerce grande impacto na saúde coletiva.
Conhecer suas características e modos de reprodução é o primeiro passo para evitarmos as doenças que ele transmite, protegendo tanto nossa própria saúde quanto a de toda a comunidade.
Diante deste cenário, é fundamental conhecer as diferenças entre cada doença e estar atento aos seus sintomas. A seguir, apresentamos um breve panorama de duas enfermidades que se somaram à já preocupante dengue:
A doença
Os primeiros casos confirmados no Brasil surgiram em setembro de 2014, no estado do Amapá. Até meados de abril de 2015, já havia mais de 1.500 notificações em âmbito nacional. Segundo o Ministério da Saúde, antes de setembro de 2014, os poucos registros vinham de pessoas que haviam contraído a doença no exterior.
Originária da África, a chikungunya tem seu nome traduzido como “aqueles que se dobram”, uma referência clara às fortes dores articulares que fazem as vítimas se curvarem.
Principais sintomas
O sintoma mais marcante é a dor intensa nas articulações das mãos e dos pés, geralmente mais forte do que aquela observada nos quadros de dengue. Também podem ocorrer febre repentina acima de 39 °C, dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Em meio a esse cenário preocupante, há ao menos uma notícia relativamente positiva: de acordo com o Ministério da Saúde, os casos de óbito são raros, e cerca de 30% dos infectados não desenvolvem sintomas.
Tratamento
Não há tratamento específico para a chikungunya. O principal cuidado é manter repouso absoluto e ingerir bastante líquido. Assim como na dengue, não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragias.
Zika
A doença
Acredita-se que o vírus tenha chegado ao Brasil durante a intensa movimentação de turistas na Copa do Mundo de 2014. Inicialmente, os casos foram confirmados na Bahia e, desde então, a circulação do vírus tem se estendido a outras regiões do país.
Principais sintomas
Comparada à dengue e à chikungunya, a zika costuma apresentar sintomas mais brandos, embora os quadros alérgicos sejam bastante característicos. Ainda assim, a doença mantém semelhanças em relação às demais infecções transmitidas pelo Aedes aegypti, como febre, dores pelo corpo e manchas na pele. Algumas pessoas também relatam conjuntivite e episódios de diarreia.
Tratamento
À semelhança de outras viroses, o método de cuidado consiste em repouso, boa hidratação e uso de medicamentos para aliviar sintomas específicos, lembrando que as medicações à base de ácido acetilsalicílico devem ser evitadas.
Por que é importante se manter informado?
Tanto a chikungunya quanto a zika carregam riscos que vão além do desconforto imediato. A prevenção, por meio da eliminação de focos de água parada e do uso de repelentes, continua sendo a medida mais eficiente para driblar o mosquito. Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e proteger a saúde coletiva.
Empresas e cidadãos podem colaborar ativamente, seja adotando práticas de saneamento e limpeza ou divulgando informações confiáveis. A conscientização de todos é a chave para impedir que o Aedes aegypti continue trazendo novos “nomes exóticos” para o vocabulário das doenças urbanas no país.
Disclaimer
As informações apresentadas neste texto têm caráter unicamente informativo e não substituem o aconselhamento ou diagnóstico médico profissional. Caso você apresente algum sintoma ou suspeite de qualquer problema de saúde, procure imediatamente um médico ou profissional de saúde qualificado para obter avaliação, diagnóstico e tratamento adequado.
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